A primeira imagem que nos vem à cabeça quando se fala em
whisky é de um copo de paredes direitas (o chamado
tumbler) cheio de gelo. Nada de mais errado porque nestes copos os aromas esvaiem-se e o objectivo é que se concentrem.
Por outro lado, ficamos sem saber onde colocar o nariz. Estou a imaginar que alguns leitores estarão a concordar plenamente e a dizer para consigo: ?Por isso é que eu bebo sempre naqueles balões tipo
cognac?. Uma vez mais?errado! Para começar, os copos ditos de balão obrigam a colocar uma grande quantidade de
whisky e, num bocal tão largo, acabam por concentrar nada mais do que o álcool.
Por outro, ao agarrar o copo com a mão toda por baixo terá como resultado imediato aquecer o mesmo, bem como o
whisky e daí libertar o álcool que se volatiliza mais rapidamente. Mas, infelizmente, é este tipo de copo que é oferecido na esmagadora maioria dos restaurantes. E alguns até perguntam se quer ?chambrear?...
A escolha certa
Mas será que já inventaram o copo perfeito? Claro que sim. Qualquer copo pequeno com o bocal mais estreito que o corpo é satisfatório. Por conseguinte, podem ser copos de Porto (tipo túlipa, como os chamados Siza e não como aqueles usados em algumas Caves) ou ?copitas Sherry? com o corpo mais bojudo.
E porquê? Primeiro porque permitem ?ver? o
whisky como deve ser, evidenciando a sua cor, as matizes, a lágrima, todo um conjunto de informação importante para uma pré-avaliação. Depois porque agarramos pelo pé e não pelo corpo e, sobretudo, porque sobressaem os aromas e não o álcool.
E,
last but not the least, como é de menor capacidade é mais recomendável: consumirmos menos, com mais moderação e podemos investir na qualidade do
whisky que demorará mais tempo na garrafa.