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Especialista no equilíbrio entre géneros e gerações, Avivah Wittenberg-Cox é CEO da 20-First, consultora global focada em ajudar organizações a aproveitarem a diversidade. Natural do Canadá e radicada em Londres, esteve recentemente em Lisboa para abrir a 2ª edição da Conferência Idade MAIOR, um evento que debate os desafios e oportunidades da longevidade.

Autora de obras como Why and How Women Mean Business e Thriving to 100 – Through Life’s 4 Quarters, Avivah é também podcaster (4-Quarter Lives), professora convidada em Oxford e na DePaul University, e co-diretora do programa Longevity Leadership da Católica Lisbon. Em junho, regressará a Lisboa para ministrar um curso sobre liderança e envelhecimento.

Com mais de 20 anos de experiência a trabalhar temas de género no mundo corporativo, Avivah começou o seu percurso impulsionada pela educação feminista recebida da mãe, uma sobrevivente do Holocausto. Fundadora de uma das maiores redes de mulheres da Europa, cedo percebeu que o problema não estava nas mulheres, mas sim nas estruturas organizacionais que não priorizavam a equidade. “O equilíbrio de género surge quando é desenhado intencionalmente”, afirma.

Segundo Avivah, transformar a realidade corporativa exige liderança persistente: são necessários três CEO’s alinhados para cimentar mudanças duradouras. Sem o compromisso genuíno da liderança, não há transformação possível — nem em relação ao género, nem agora, no novo debate que desponta: o envelhecimento.

Na sua intervenção em Lisboa, Avivah comparou o atual desconhecimento empresarial sobre a longevidade ao que sentiu há 25 anos ao falar de género. Para ela, tanto o equilíbrio de género como a valorização da idade representam grandes oportunidades estratégicas — sobretudo num mundo que envelhece rapidamente e que não se pode dar ao luxo de desperdiçar talento, experiência e diversidade.

Sobre liderança feminina, Avivah rejeita estereótipos simplistas: defende que homens e mulheres operam num espectro de estilos e que as diferenças de comportamento resultam mais da adaptação a ambientes masculinos do que de características inatas.

Face ao atual contexto de retrocesso em temas progressistas, Avivah apela à maturidade estratégica: “Temos de falar a linguagem de quem queremos convencer”. No mundo corporativo, isso passa muitas vezes por usar argumentos ligados à rentabilidade, provando que empresas mais diversas são também mais lucrativas.

Avançando para o tema geracional, Avivah identifica o “terceiro quarto” da vida (entre os 50 e os 75 anos) como um momento especialmente transformador — em particular para as mulheres, que chegam a essa fase libertas de expectativas sociais e com espaço para uma reinvenção pessoal e profissional. “É como ser adolescente outra vez, mas com um cartão de crédito”, resume, sublinhando que a longevidade representa uma nova e poderosa oportunidade de evolução para todos, independentemente do percurso anterior.

Para o futuro, Avivah vê-se a explorar cada vez mais os desafios e possibilidades do “quarto quarto” da vida (75 a 100 anos), reforçando a importância de desenhar trajetórias positivas e ativas para o envelhecimento. Acima de tudo, mantém-se fiel a uma ideia central: se o mundo corporativo não for inclusivo, as mulheres (e qualquer pessoa) têm o poder de criar os seus próprios caminhos.

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